sexta-feira, 27 de maio de 2016

EXÉRCITO, MARINHA E AERONÁUTICA REPUDIAM A RESOLUÇÃO POLÍTICA DO PAÍS.


Em nota, militares citam 'a mentalidade distorcida que domina a esquerda e a insistência em suas teses de dominar instituições que, no cumprimento da lei, impedem a realização de seus sonhos totalitários'.

Depois do Exército, Marinha e Aeronáutica repudiam a resolução do PT considerando que os petistas foram "descuidados" por não terem modificado os currículos das academias militares e não terem promovido oficiais que, na avaliação daquele governo com viés autoritário, tinham o que consideram compromissos "democráticos e nacionalistas".

 

Os presidentes do Clubes Naval, Clube da Aeronáutica e Clube Militar (representa o Exército) publicaram artigo intitulado "democratas e nacionalistas", alertando para o necessário "cuidado que devemos ter ao ler qualquer documento de partidos esquerdistas, pois a linguagem que empregam é, maliciosamente, deturpada para que concordemos com ela".

Quando se referem a democracia, trata-se de novilíngua que não se refere a democracia coisa nenhuma. É, em verdade, o sonho totalitário do PT e seus partidos satélites.

 

Íntegra da nota

 

DEMOCRATAS E NACIONALISTAS
Na terça-feira passada o Diretório Nacional do PT divulgou sua Resolução Sobre a Conjuntura, que visa a orientar seus filiados no estudo dos problemas atuais do país e guiá-los para a luta que pretendem travar contra os "golpistas" que estão prestes a derrubar Dilma e afastar o PT do poder depois de 13 anos.
O documento apresenta uma série de chavões esquerdistas, como dizer que o Estado está agora sob a direção de velhas oligarquias, que as mesmas aplicaram um golpe de estado, que estamos adotando o modelo econômico preconizado pelo grande capital, que o impeachment é um golpe casuístico para depor um governo democraticamente eleito, e por aí vai.
Analisa, também, as possíveis falhas que levaram ao fim do projeto socialista de eternização no poder.
Entre tais erros, aponta:
"Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação."
O parágrafo é particularmente revelador sobre a mentalidade distorcida que domina a esquerda e a insistência em suas teses de dominar instituições que, no cumprimento da lei, impedem a realização de seus sonhos totalitários, que eles denominam democratas, na novilíngua comunopetista.
Assim, enxergam uma sabotagem conservadora na ação democrática que os impediu de dominar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, seu objetivo permanente.
Voltam, ainda, a insistir na reformulação dos currículos das escolas militares, reduto de resistência à releitura da História que pretendem, o que fica claro na Base Nacional Comum Curricular proposta pelo MEC, e também nos textos revisionistas constantes dos livros didáticos, particularmente os de História, com que vêm difundindo suas ideias distorcidas e fazendo verdadeira lavagem cerebral em nossos jovens estudantes, há longo tempo. Diga-se, também, que isso ocorre sob o olhar complacente e até mesmo sob o aplauso de mestres e pais politicamente corretos.
Insistem, por outro lado, no domínio da imprensa por meio do controle das enormes verbas publicitárias que controlam.
Quanto à promoção de oficiais com compromisso democrático e nacionalista, isto é o que vem sendo feito desde sempre, pois as Forças Armadas são o maior depósito e fonte de brasileiros democratas e nacionalistas de que a Nação dispõe.
Neste caso, democratas e nacionalistas no sentido registrado nos dicionários da língua portuguesa, ao contrário do já assimilado no senso comum modificado de que nos fala Gramsci, o que já é empregado como o sentido “verdadeiro” dos termos pelos petistas.
Para Gramsci, democracia é o sistema de governo que se funda na hegemonia das Classes Subalternas (o povo) e na absorção da Sociedade Política (o Estado) pela Sociedade Civil ("Estado Ampliado"). Neste conceito, democracia é “governo do povo”, no qual não se inclui a burguesia – “não-povo”. Não somos democratas neste sentido deturpado da palavra.
Quanto ao nacionalismo, este sentimento patriótico é explorado pelos movimentos revolucionários de esquerda como Ideologia Intermediária que induz nos integrantes da sociedade nacional atitudes e opiniões (senso comum modificado e ativismo) anti-imperialistas e, por extensão, anticapitalistas e antiliberais.
Para nós, o nacionalismo é um sentimento patriótico de vinculação do indivíduo à nação, que se manifesta em atitudes e ações políticas, econômicas e sociais espontâneas e construtivas, dando prioridade ao que nos é próprio e aos interesses nacionais. Não é, necessariamente, contra ninguém ou contra qualquer ideia que não nos agrida.
Por aí vemos, mais uma vez, o cuidado que devemos ter ao ler qualquer documento de partidos esquerdistas, pois a linguagem que empregam é, maliciosamente, deturpada para que concordemos com ela.
V Alte Paulo F. Soriano Dobbin
Presidente do Clube Naval
Gen Div Gilberto R. Pimentel
Presidente do Clube Militar
Maj Brig-do-Ar Marcus Vinícius P. Costa
Presidente do Clube de Aeronáutica

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